09 julho 2005

Voltei ao Diário de Salazar

por cusquisse! Ajuda a desopilar.


Anota ele a 20/9/51:

"Falei verdade à francesinha [trata-se da jornalista francesa Christine Garnier], mas não disse a verdade toda. A minha vida interior não se reduz a preocupações de ordem intelectual. Comporta frequentemente imagens mais profanas. Imaginar Christine a despir-se, expondo progressivamente o seu corpo elegante e perfumado tornou-se uma das minhas fantasias.".

Ai que malandro me saíu o beato!
Será só imaginação pecaminosa? Pode ser! Dou-lhe o benefício da dúvida.
E se resistiu, foi bem pior que ter ido para o Tarrafal, fazendo fé na descrição que ele faz da francesa:
"Terá trinta e cinco anos [35 anos, o número mágico!]. É loira, bonita e de olhos alegres. Irradia simpatia. Usa um perfume agradável e discreto...".

Será que Salazar não terá reparado em mais nada?

Concluindo, a minha tese é simples: De extrema-direita, de direita, do centro, da esquerda ou da extrema-esquerda, nisto somos todos iguais. E digo mais: a confirmar-se a minha tese, há que concluir pelo óbvio. A mulher é o caminho mais curto para qualquer pacto de regime.
Estamos de acordo?

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