Eh pá, o Público ainda não me convidou para fazer parte das "personalidades" que leram versos e que agora revelam essa parte da sua intimidade, partilhando com o povão as suas preferências poéticas.
Até o "operário" Jerónimo de Sousa nos revela a sua faceta de intelectual. E eu?
Não é falsa modéstia, mas desde que sei ler, que leio poesia. Sei de cor e salteado a Portuguesa! De Bocage conheço os seus poemas eróticos. Natália Correia, Fernando Pessoa, O´Neill, Manuel Alegre...
Rilke... e tantos, tantos outros... mais que as contas de um rosário.
Fico à espera que o telefone toque.
Para aguçar o apetite do Público, aqui fica uma pequena amostra de poemas que em alguns momentos da minha vida foram sucedâneos perfeitos dos anti-depressivos.
Ao vinho Alvarinho; dos rótulos das garrafas
Muros Antigos
Fruto austero
No aroma,
Carácter mineral acentuado.
Um grande Alvarinho
Elegante na boca
Acidez domesticada,
Agradáveis notas citrinas
Tropicais.
Dorado
Muita fruta
No aroma,
Lembrando maçã,
Geleia,
Toque tropical
De manga.
Envolvente na boca,
Acidez presente
Mas não excessiva,
Um vinho cheio
E profundo.
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