29 abril 2013

Ah D. Mimi...

A D. Mimi, a minha vizinha do 3º Dto. e administradora cá do condomínio, também foi aliciada a fazer uns contratos "swap". Avisadamente e por precaução a D. Mimi solicitou ao meu amigo Bino um estudo de impacto ambiental para avaliar da toxidade daqueles produtos. Resultado: Decidiu não aderir devido ao elevado grau de toxidade associado e bem demonstrado no referido estudo. Por tal facto, no 10 de Junho, a D. Mimi vai ser agraciada com a Medalha de Mérito Financeiro, grau ouro, atribuída pelo condomínio. Por castigo, os secretários de estado despedidos do governo por fazerem exactamente o contrário da D. Mimi e lesarem o Estado português em cerca de 2mil e 600 milhões de euros, vão ter de assistir de pé à cerimónia. Em Portugal, os castigos são "exemplares".

Este país mente com quantos dentes tem

Num destes dias, ouvi o Fórum TSF e fiquei muito confortado. Afinal, nunca ninguém votou em Cavaco para primriro-ministro ou para presidente da república. Quase (mas só quase!) que sou levado a acreditar que ele chegou lá através da "suspensão da democracia".

Em Homenagem ao 25 de Abril

(Há gente que devia ter vergonha de usar um cravo vermelho na lapela. Mas neste país, a vergonha passou por muita gente e andou.).
Cá no condomínio comemoramos o 25 de Abril, e em grande. reuniu a Assembleia de condóminos e a D. Mimi, a nossa vizinha do 3º Dto. e administradora, fez o discurso "político" da vida dela. Fomos aconselhados a não sair do nosso "território" porque "lá fora manda a troika, coadjuvada por Cavaco, Passos ...", sublinhou a D. Mimi. Optamos então por uma "arruada" pelas ruas dos jardins do prédio, culminando numa grande concentração junto à piscina, onde nos esperava o programa cultural. Abriu o Coro das Encalhadas do 6º andar com "Grândola Vila Morena". Seguiu-se os "Vampiros" de Zeca Afonso, pelo Conjunto Popular "Os Amigos do Rés-do-Chão", com as gargantas da assistência a cantarem, em uníssono, o refrão: " Eles comem tudo / Eles comem tudo / Eles comem tudo / E não deixam nada".
A D. Vitorinha, a esposa do "cabo" Gonçalves, subiu ao palco para recitar o poema de Bertolt Brecht "Louvor do Revolucionário". Encerrou a sessão a Filarmónica da Subcave, com a "Portuguesa". Confesso que já ouvi, noutras ocasiões, a mesma ser cantada com outra convicção. Sinais dos tempos.

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