30 junho 2007

O aeroporto da concórdia


Vamos lá ver, de aeroportos ainda percebo umas coisas. Salas de embarque e "free shops", mas não só.
Quanto à polémica que por aí vai, eu estou de lado. Não concordo com nenhuma das opções, que são todas uma m****. Eu sou mais democrata. Um aeroporto para todos os portugas! E mai' nada!
Daí que me tenha posto “nas minhas tamanquinhas” e de projecto enroladinho debaixo do braço fosse apresentar a minha ideia a Belém. No fundo, uma reacção natural ao "gesto patriótico" do empresário Van Zeller, o patrão da Confederação da Indústria Portuguesa.
Pois bem e em poucas linhas aqui fica o relato da reunião com o Senhor Presidente. Para quem tem a ideia peregrina da figura esfíngica, fria e distante do Chefe de Estado aqui fica o meu testemunho. Uma pessoa bem disposta, espírito aberto e até com algum sentido de humor.
- Diga-me lá, quer que o trate por doutor, engenheiro, arquitecto, professor…?
- Se o Senhor Presidente não se importa prefiro que me trate por Belmiro, Amorim, Espírito Santo, Melo, ou outro qualquer, menos qualquer um dos que financiou o estudo do Van Zeller.
O Presidente sorriu e partimos para a apresentação da ideia. Desfiz o rolinho em cima da mesa de trabalho que serve também para as reuniões com o Primeiro-Ministro e, palavra!, o Presidente ficou boquiaberto. Digamos que também não era para menos. O mapa de Portugal e um aeroporto que rasga o país de lés-a-lés. Desde a raia de Chaves a Albufeira. Passada a surpresa inicial e já refeito, o Presidente faz a pergunta sacramental nestas situações.
- O Sr. Belmiro acha que isso é possível?
- Senhor Presidente, este é o único projecto que reconciliará os portugueses e não terá nenhum dos problemas que todos os outros apresentam, nomeadamente de esgotamento temporal da operacionalidade.
Claro que já estava à espera da pergunta que revela a inteligência de um Presidente e ela não se fez esperar.
- Sr. Amorim, estou entusiasmado, mas há um pequeno senão. Sendo Portugal atravessado pelo conjunto montanhoso Montejunto-Estrela, como se resolve o problema do aeroporto nessa região?
- Nada que não tenha sido pensado, Senhor Presidente. Será construído um túnel que preservará a riqueza ecológica de Montejunto e a estância de Inverno da Torre.
O Presidente coçou o queixo, mas rapidamente deu o seu assentimento com a cabeça. Mas ainda a procissão ia no adro. É que além de político, o Presidente é um distinto economista e a questão do montante do investimento e do consequente financiamento era decisiva.
- Sr. Espírito Santo, quanto é que isso vai custar, sem derrapagens, e como se financia?
Respondi que a engenharia financeira do projecto era simples e que o montante do investimento não era sequer relevante, assegurado que estava o financiamento. Concordou e pediu pormenores.
- Sr. Melo, diga-me lá quais são as fontes de financiamento previstas e eventualmente já negociadas.
- Pois bem, se Vossa Excelência me permite estão pensados 4 mil e tal Cortejos de Oferendas em todas as freguesias do país, peditórios dominicais nos respectivos adros das igrejas, rifas semanais e 1000 concertos do Tony Carreira. O que falta vem do que não se gasta na Ota e o resto são fundos comunitários.
O Presidente ficou siderado com esta engenharia financeira do projecto.
- Sr. Belmiro, perdão, Sr. Amorim, avance homem. Fale com o Ministro Mário Lino e diga que vai da minha parte”.

23 junho 2007

Será stress?

Pois já não me lembro bem. Não sei se comprei o quadro e arranjei um cavalete a condizer com o valor artístico da pintura, ou se arranjei o cavalete e o "decorei" com aquela obra-prima só para disfarçar. Seja como for, esta minha mania de ser um Joe Berardo teso, anda-me a baralhar as ideias.
[A D. Mimi, a minha vizinha do 3º Dto, diz que ando a misturar muitas coisas ao mesmo tempo e que isso é mau sinal. Será!
O meu amigo Bino, sempre pronto a dar uma mãozinha, diz que de pintura não percebe patavina, mas sempre pode montar o cavalete. Ó Bino, tu pra mim já vens de carrinho.]

19 junho 2007

O tamanho ideal

Recebi um e-mail da minha leitora Maria P. que passo a transcrever:
"Estou desolada. O MaquiAbel & JB, que muito aprecio, só se tem preocupado com o tamanho dos pirilaus, o que não deixa de ser uma atitude editorial machista. E então nós? As nossas mamolas e o seu tamanho não tem qualquer importância? Pois eu vivo angustiada, sim, muito angustiada com o tamanho das minhas maminhas. Qual o tamanho ideal? Pode ajudar-me?".
Minha cara amiga Maria: Não afocinhe na angústia. Pois vou ajudá-la e com todo o gosto. A si e a todas as mulheres que tão justamente se preocupam com a dimensão/volume do respectivo busto.

Pois bem, como se exemplifica na imagem abaixo, encoste-se de frente a uma parede da sua casa. Se o seu nariz ficar entre os 3 e os 7cm da parede, então você tem as mamolas ideais. Bom, bom, serão os 5 cm. Depois há que atender a outro pormenor morfológico: se são caídas ou não.

Não deixe, minha queria amiga, de realizar primeiro o teste. Se se aproximar do exemplo acima, dê-se por feliz. Olhe que não haverá tantas mulheres assim que se possam gabar.


E já agora...

Quem não passou no teste foi a minha vizinha do 6º Frente.


Não concordam que é um tanto exagerado? Mas há quem goste e muitas e muitos que não desgostam. Como diz o meu amigo Bino, gostos não se discutem. Ora essa é que é essa!

[A D. Mimi, a minha vizinha do 3º Dto, realizou o teste e caíu numa depressão danada. Não por estar artelhada por excesso, mas por defeito. Mas já lhe prescrevi uma dieta adequada para ver se lhe minimizo o problema: peles de bacalhau ao pequeno-almoço, ao almoço e ao jantar. Mais não posso fazer.]

17 junho 2007

Punheta de bacalhau


Passei pelo Pingo Doce e comprei uma embalagem de bacalhau desfiado demolhado "Riberalves". São as tais compras por impulso. Não tinha ideia nenhuma sobre o que fazer com aquilo.

Mas a Ulma, a empregada nórdica da D. Mimi, cheia de criatividade, fez-me uma "punheta". Soube-me pela vida.

[A D. Mimi, a minha vizinha do 3º Dto, disse-me que nunca tinha visto uma punheta assim. Os dotes culinários não são para todos.]

16 junho 2007

12 junho 2007

Portugal a mexer


Um novo "cluster" da indústria automóvel vai desenvolver-se em Portugal. Trata-se da construção e montagem de carros para desfiles das Queimas-das-Fitas e Cortejos de Oferendas.

O Governo vai dar uma mãozinha, contribuindo com asneiras e "gaffes" e o Prof. Charrua com umas graçolas sobre o Primeiro-ministro.

Manuel Pinho já se comprometeu a financiar um "road-show" de apresentação do protótipo que vai percorrer as mais prestigiadas Universidades europeias - Oxford, Cambridge, Paris VII, Utrech, Bolonha, entre outras, para vender a ideia às respectivas Associações de Estudantes.

É mais um passo na internacionalização da economia portuguesa.

[A D. Mimi, a minha vizinha do 3º Dto, acha a ideia à medida das piadas do Ministro da Economia. Ela lá tem as suas razões.]

10 junho 2007

É Para esquecer...

A semana que passou não correu grande coisa. Azares!!!
Foram pesadelos atrás de pesadelos. Acho que estou possuído pela D. Mimi.

[A Ulma, a nórdica de tez morena,
empregada da D. Mimi, a minha vizinha do 3º Dto, desceu ao meu T0-1 e fez-me um chá de pau-de-cabinda. Foi um completo desassossego. Acho que se enganou nas embalagens. Acontece!]

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