26 abril 2006

Contra a concorrência espanhola


Eis os morangos do meu quintaleco. De produção biológica, garanto.
E como nada se vende sem um Marketing de guerra e competente, vou fazer a promoção nos hipers, em ilhas estrategicamente colocadas nas zonas quentes e com a apresentação estética que se pode ver.
A "montra", original, [confessem lá!], é a ruptura com essas apresentações fatelas que se fazem por aí. E depois queixam-se que não vendem. Ah pois não!
Mas eu também só vendo os morangos. O resto não está em promoção.
Mas que vai ser um chamariz que nem vos digo, lá isso vai!
Confesso que estou todo babado com a ideia.
Só temo que o Governo veja isto e ainda me chame para promover a crise nos mercados internacionais. Não é nada, mas a verdade é que precisamos de exportar o que temos.

Dizem as más línguas

que estas foram as "cabecinhas" que "pensaram" a reforma da Administração Pública Portuguesa.
333 medidas e mais os trocos, é obra de se lhe tirar o chapéu.
Nós podemos adiantar já que o nosso Primeiro vai propor ao Presidente Cavaco que as condecore no 10 de Junho.
Cá por mim não discuto o merecimento.

Quem semeia ventos...

tem destas surpresas! Lá diz o povo.
Quanto ao resto, nada posso adiantar. Sei lá das cuecas!




13 abril 2006

Ovinho de Páscoa

Fazem-me cada surpresa!



Sentença histórica

Documento autêntico de sentença proferida pelo Juiz Manoel Fernandes dos Santos, em Vila de Porto da Folha, Sergipe, em 15 de outubro de 1833.
SENTENÇA JUDICIAL
O adjunto de promotor público, representando contra o cabra Manoel Duda, porque no dia 11 do mês de Nossa Senhora Sant'Ana quando a mulher do Xico Bento ia para a fonte, já perto dela, o supracitado cabra que estava de tocaia em uma moita de mato, sahiu della de supetão e fez proposta a dita mulher, por quem queria para coisa que não se pode trazer a lume, e como ella se recuzasse, o dito cabra abrafolou-se dela, deitou-a no chão, deixando as encomendas della de fora e ao Deus dará.
Elle não conseguiu matrimônio porque ella gritou e veio em assucare della Nocreto Correia e Norberto Barbosa, que prenderam o cujo em flagrante.
Dizem as leises que duas testemunhas que assistam a qualquer naufrágio do sucesso faz prova.
CONSIDERO
que o cabra Manoel Duda agrediu a mulher de Xico Bento para conxambrar com ella e fazer chumbregâncias, coisas que só marido della competia conxambrar, porque casados pelo regime da Santa Igreja Cathólica Romana;
que o cabra Manoel Duda é um suplicante deboxado que nunca soube respeitar as famílias de suas vizinhas, tanto que quiz também fazer conxambrâncias com a Quitéria e Clarinha, moças donzellas;
que Manoel Duda é um sujetio perigoso e que se não tiver uma cousa que atenue a perigança dele, amanhan está metendo medo até nos homens.
CONDENO o cabra Manoel Duda, pelo malifício que fez à mulher do Xico Bento, a ser CAPADO, capadura que deverá ser feita a MACETE.
A execução desta peça deverá ser feita na cadeia desta Villa.
Nomeio carrasco o carcereiro.
Cumpra-se e apregue-se editais nos lugares públicos.
Manoel Fernandes dos Santos
Juiz de Direito de Vila de Porto da Folha, Sergipe
15 de outubro de 1833
Mas que cabra este! Só queria conxambrar e tudo o que viesse à rede era peixe. Cá pra mim, o juiz acagaçou-se pois como escreve na sentença "amanhan está metendo medo até nos homens".

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