29 março 2005
A verdadeira história da Treta...
TONI: Ó Zézé, então encontrastes o Santana Lopes na Kapital, bebeste umas bejecas com ele para festejar o regresso à Câmara e não me dissestes nada? Tou sentido contigo, Toni. Eu pensava que era o teu melhor amigo e que era o primeiro a saber. Afinal...nicles.
ZÉZÉ: Eh pá, Toni, aguenta os cavalos. No outro dia, nem de propósito, batestes um grande coro à Minda Faneca, fostes levá-la a casa, fizestes-te convidado, entrastes e só saístes de lá às cinco da matina e julgas que eu não soube? Eh pá, Toni, diz lá, eu fui tirar satisfações contigo, fui? Não fui, pois não? Então, tamos quites.
TONI: Lá isso é verdade, Zézé. Mas a política não tem nada a ver com mulheres e o Santana Lopes não tem nada a ver com a Minda Faneca...
ZÉZÉ: Toni, aí é que tu t´enganas. Então não tem, pá? Lembras-te quando o Santana apareceu lá no Bairro com a tropa dele para colar cartazes da campanha? E lembras-te quem lhe lançou a escada, lembras-te? Vê lá, puxa pela tola, Toni.
TONI: A Minda Faneca? Acertei?
ZÉZÉ: Evidentementes que foi a Minda Faneca, Toni. Eh pá e lembras-te daquela cena de trolha por causa do licenciamento da vivenda do meu velho que o Santana tinha prometido?
TONI: Zézé, por acaso não tás a exagerar? O teu velho tem alguma vivenda, tem?!!!!!!
ZÉZÉ: Prontes, está bem, Toni. Eh pá, não é uma vivenda como as da Quinta da Marinha, mas... Deixa lá isso. Lembras-te ou não da cena?
TONI: Se me lembro, Zézé! Aquilo é que foi cair molho. Ainda parece que m’ estou a ver a enfiar uns bojardos no Adjunto do Santana. Toma, pimba, enfarda...
ZÉZÉ: E o Santana tava lá nessa altura. Eh Toni, eu miquei logo que tava ali um futuro ex-primeiro-ministro cheio de potencial. Fui o primeiro a dizer isso. Está aí o Lambretas que não me deixa mentir. Eu tinha cá uns palpites qu’ele vinha a ser o chefe do PPD / PSD quando o Durão fosse prá Europa.
TONI: Eh pá, Zézé, eu não tenho essa ideia dele. “Não estou de todo de acordo consigo”, como diria o Pacheco Pereira. Upss! Isto é qu’ é falar. P’ra ser sincero, eu acho qu’ele é um merdas, só tem gogo, prontos.
ZÉZÉ: Eh pá, Toni, não sei se já percebestes que tás a desconsiderar um amigo meu. Tás, por acaso, a querer dizer, ou deixa cá ver, tás, por acaso, a insinuar que ele é assim a modes que uma espécie daqueles que não podam nem saem de cima da árvore? É isso, Toni?
TONI: Ouve lá, tu não achas que tamos a fugir ao assunto da treta que tivestes com o Santana lá na Kapital? Vá lá, o qu’é que foi qu’ele te disse quando te encontrou? Diz lá, Zézé.
ZÉZÉ: Eh Toni, somos amigos, pá, mas eu não te posso dar promenores sobre a odiência que tive cu Santana.
TONI: Tás a brincar comigo, Zézé. Odiência?! Não foi na Kapital que tu o encontrastes?
ZÉZÉ: E despois, Toni? Assim a odiência passou desapercebida à Televisão. Já vistes, Toni, eu a mandar umas bocas prá televisão e aquelas secas dos repórteres a preguntarem ao Santana donde me conhecia, etc. e tal, ou então a preguntarem a esta pinta se ele estava a convidar-me p’ra chefe de gabinete dele para controlar o Carmona, ou se o meu Rolex tinha sido palmado, e mais daqui e dacolá... pois claro...
TONI: Zézé, vou-me embora. Tá na hora de lançar a escada à Minda Faneca.
ZÉZÉ: Toni, pá, vê-se logo que não t’ intressa a política. Topa-me só esta entrada por trás da pintarolas da SIC: “Senhor Dr. Zézé, em directo para a SIC. É verdade que o senhor é o único que viu as cicatrizes que o Dr. Santana Lopes tem nas costas?”. Vê só, Toni, o grau de dificuldade da questão que me foi colocada. Então eu, segurando o queixo, olhar fixo no chão e pernas semi-abertas, vou levantando lentamentes a cabeça e com ar a modes que de político da nova vaga, disparo: “Oh jovem, naturalmente que não espera que eu esteja de acordo com a enormidade de tal questão. Está a insinuar o quê?”. Furminante, Toni. Mandei uma de inteligentes à moda do Alberto João e arrumei com a garina.
TONI: Eh pá, Zézé, tu tens mesmo jeito p’ rá politica, pá. Sabes que tenho andado a pensar que podíamos fazer um partido. Assim a modes que...
ZÉZÉ: Deixa-te disso Toni. Vai mas é botar a escada à Minda Faneca.
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