Os tormentos de uma loura

Que fique esclarecida a minha posição: Eu não tenho nada contra as louras. Até estou convicto que o louro, com que Deus Nosso Senhor as bafejou, ou então as artes de um cabeleireiro, é só para disfarçar a inteligência.
Por isso cautela! Por trás duma pseudo-tótó...

Agora vou-me à pesca que se faz tarde.

O grande Alexandre O'Neill (1924-1986)

PAÍS ENGRAVATADO TODO O ANO E A ASSOAR-SE À GRAVATA POR ENGANO

Menos conhecida do grande público é a sua faceta de publicitário. Muita imaginação e criatividade.
Slogans de grande simplicidade, mas de grande impacto e eficazes, como só os grandes artistas são capazes.

Ele é o autor de "BOSCH É BOM".
E do trocadilho não menos famoso, "Boche é brom!".

"Num colchão de sumaúma, Você dá duas que parecem uma...", este slogan foi recusado pelo fabricante dos colchões! Esta é ainda a pecha da beatice portuguesa.

E o mais célebre de todos. Quem não se lembra de "HÁ MAR E MAR, HÁ IR E VOLTAR."?

Fui ao Shopping

tomar o meu café da manhã e ler o Público.
Dei uma volta e ao passar pela loja do "Augusto", fiquei decepcionado.
Refazendo as montras duas "balconistas", vestindo umas "extravagâncias" do estilista. Publicidade "subliminar" à Michellin.
Saí e fui mudar os dois pneus traseiros do carro.
Apesar do preço, a publicidade funcionou.

Sidónio Muralha (1920-1982)

se fosse vivo, faria 85 anos no próximo dia 28 de Julho.
Nasceu na Madragoa, Lisboa, e fez-se ao mundo até assentar no Brasil.

Foi um dos precursores do neo-realismo português com BECO (1941). Publicou 21 livros em prosa (contos, um romance, ensaio e depoimento) e versos para adultos e 15 para crianças, por editoras portuguesas e brasileiras. É considerado um dos melhores poetas para crianças em língua portuguesa.

Quem o descobre, apaixona-se.

É um Homem de valores e princípios. Dele guardo,

“Parar. Parar não paro.
Esquecer. Esquecer não esqueço.
Se carácter custa caro
pago o preço.”

Como identificar alguém

com a doença das vacas loucas. [PLAY]

Sacanagem! Não se faz.

Afinal os pinguins também pregam partidas. É só ver a subtileza da rasteira. [PLAY]

Diário 18

a poesia nasce
no teu olhar,
límpida,
serena,
transparente,
em gotas ritmadas
pelo tempo imenso
do sonho que corre
nas veias do desassossego.
só eu sinto
os cheiros cálidos
da métrica
que sobra do leito
dos versos solitários
cavalgando os poentes
amarelecidos
pelo outono dos sentimentos.
o grito são duas letras
e o fonema
de um tormento.