30 maio 2005

Maio 68, Quando a Utopia Desceu à Rua

Período marcado pela movimentação estudantil ocorrida em Paris, em 1968, que termina em confrontos entre jovens e a polícia de choque durante o mês de Maio. Iniciada por estudantes, conta com a adesão de trabalhadores e espalha-se, posteriormente, para outros países. Em 1968, os estudantes franceses desceram à rua. Descontentes com a disciplina rígida, os currículos escolares e a estrutura académica conservadora, os estudantes de Paris organizam protestos que levam à ocupação da Universidade de Nanterre (oeste de Paris), em 23 de Março. Eles contestam também a situação social e política do país e o governo do general Charles de Gaulle, em virtude do desgaste provocado pela guerra de independência da Argélia. Entre os slogans criados estão “É Proibido Proibir”, “O Poder Está nas Ruas” e “A Imaginação no Poder”. A decisão da reitoria de fechar a faculdade, em 3 de Maio, faz a Sorbonne abrir as portas aos alunos de Nanterre. Influenciados pelos estudantes, operários de Paris realizam protestos, ocupando fábricas e organizando manif’s e greves. No Quartier Latin, bairro dos intelectuais em Paris, há barricadas. A 6 de Maio ocorre o confronto entre 13 mil jovens e a polícia. A repressão é simplesmente brutal. São lançadas bombas de gás lacrimogéneo, respondidas à pedrada pelos jovens. Entre os líderes estudantis destaca-se Daniel Cohn-Bendit (hoje deputado no PE), entre outros.
O caos instala-se. A princípio, o governo francês fica paralisado. Mas a situação é controlada no final de Maio, com violenta repressão. No total são mais de 1.500. O governo de De Gaulle, abalado, sustenta-se no poder somente até Abril de 1969. Foram muitos os maios ou os sessenta e oitos, talvez tantos quantos os personagens que os viveram. Não foi só na Europa que a explosão das lutas juvenis marcaram essa época, também nos EUA e na América Latina, esse ano emblemático foi agitado. No entanto, o epicentro do abalo foi Paris, a cidade marcada pelas grandes revoluções modernas: da Grande Revolução de 1789, à Comuna de Paris de 1871, primeira tentativa de autogestão social da polis moderna.
O pretexto foi a reforma do ensino superior, pensada pelos donos do poder. Mas as razões profundas eram as tensões que se haviam acumulado na sociedade, particularmente entre os jovens. Sem elas Maio não teria sido possível e as ruas não se teriam enchido, nem o movimento ultrapassaria os muros das universidades, espalhando-se como se espalhou pelas periferias operárias.
Tem também aqueles que continuam a recusa, uns anonimamente, outros mais conhecidos, como Raoul Vaneigem, o autor de "A Arte de Viver para a Nova Geração", um dos intelectuais críticos que mantém seu solitário combate contra a sociedade do espectáculo, que foram capazes de entender e denunciar numa época em que o entendimento do capitalismo e do socialismo de estado ainda estava preso a velhas e já decadentes análises do século XIX.
Guy Debord, o mais enigmático símbolo dessa época, solitariamente, com a sua genial arrogância despediu-se da vida, em 30 de Novembro de 1994, com um tiro que interrompia como ato de liberdade sua irremediável decadência física. Desaparecendo assim, aquele que foi um dos principais personagens desses anos, mesmo quando esteve ausente do centro dos acontecimentos, autor do livro "A Sociedade do Espetáculo", que marcou uma época e é ainda hoje um poderoso documento de autópsia do cadáver adiado, que é a sociedade massificada pelo consumo e pelo espectáculo.
Uma geração que produziu tais personagens e tais acontecimentos, mesmo que reduzidos a uma breve primavera, em Paris ou Praga, certamente tem a certeza que viveu uma das raras oportunidades que a história dá aos seres humanos de se sentirem realmente actores e donos de seus próprios destinos. Pode, essa geração, carregar consigo o vazio dos desejos não satisfeitos; pode até iludir-se sobre a irrelevância dos momentos vividos, pode até ter-se arrependido, mas esses anos, essas semanas ou meses, ficarão para sempre na forma de mito, como aqueles momentos que as gerações futuras lamentarão não ter vivido.
Por isso é que o Maio francês é a mais moderna e a mais radical das revoluções: a revolução espontânea, imprevisível e total, numa sociedade, onde todas as velhas reivindicações se conjugaram com o vazio, que nenhuma sociedade de consumo poderá preencher porque é a vital insatisfação do ser humano ante um mundo cada vez mais centrado sobre coisas e onde se perde o sentido individual e colectivo de uma existência verdadeiramente humana.

Pouco importa hoje se a revolução de Maio de 68 era possível, ou era impossível, naquele velho sentido militar e estratégico dos velhos burocratas leninistas. Até porque eles foram os últimos a entender o que estava em causa e os primeiros a afirmar explicitamente a necessidade de impedir que a utopia descesse às ruas. A CGT, os sindicatos comunistas e o PCF desempenharam um papel decisivo na domesticação rápida do movimento, num momento em que os partidários conservadores do regime do General De Gaulle estavam estupefactos ante a insólita e inesperada possibilidade de uma nova Comuna de Paris.

28 maio 2005

Recordações

de outros tempos.

- Surpresa 1 [Play] Para ouvir clicar em play, aguardar a nova página, clicar com o botão do lado esquerdo do rato sobre 'Adress' e fazer 'Enter'. Depois é só degustar...
- Surpresa 2 [Play]

Digam lá que não foi boa ideia!

E Vai Mais Um!


Faz hoje anos que nasceu esta prenda!

25 maio 2005

Perigo Eminente

Domingo de madrugada, Lisboa correu o risco de ser evacuada na sua totalidade devido
àquilo que as autoridades pensavam tratar-se de um ataque terrorista.
No entanto o alarme foi cancelado quando se descobriu que afinal o
cheiro intenso, que parecia tóxico, era proveniente da naftalina das
bandeiras do Benfica destes últimos 11 anos.

Falso alarme

Cruzaste as pernas
Fiquei com inchaço.
Pensei que era ácido úrico.
Afinal as análises estavam bem.

Pssstttttt!

A menina dança?

24 maio 2005

Hoje acordei cansado

Sonhei que tinha andado hora e meia a pé!
Tenho de tratar do meu subconsciente, já sei.

Oi, Bom Dia

Já vi que hoje vem de tacão alto. Fica-lhe bem!
De tacão alto?! Nã! Venho em bicos de pés!
Ok. Entre e feche a porta.

20 maio 2005

A Escola que Temos

dá que pensar! Cada vez mais se instala não só a ideia, mas, pior, a convicção de que os professores não existem para ensinar, mas para tomar conta dos filhos dos outros.
Isto é a subverção completa da Missão e Valores da Escola.
Entretanto, felizes e alegres, até parece que tudo vai bem no reino da Dinamarca.
Enquanto a orquestra toca, o Titanic afunda-se. Pois claro, é a Escola Portuguesa, com certeza.
Para já não se nota, mas daqui por 10 anos falamos!

À consideração superior de Sua Excelência a Senhora Ministra da Educação.

Um Curriculum e Pêras!

Os argumentos da candidata. Até fiquei gago!

A Perspectiva do Empregador

Perante um curriculum tão avantajado, aqui está a perspectiva do empregador e decisão em conformidade.
Os "experts" em Sociologia das Organizações teorizam, teorizam sobre o assunto e ainda não perceberam a realidade!
Será que os argumentos que a candidata apresenta não se enquadram no conceito alargado de "competências"?
A - E depois é assim, do ponto de vista microeconómico:
1. O ordenado da catraia são "Custos com o pessoal".
2. Os resultados operacionais baixam.
3. A haver lucro, necessariamente este é mais baixo.
4. Logo, o IRC a pagar é menor.
5. Em vez de transferir recursos para o Estado, o empregador transfere parte deles para a nova empregada e para o seu gozo pessoal.
6. O benefício resultante para o empregador é necessariamente superior ao custo suportado e daí a decisão.
7. Concluo que a perspectiva do empregador está correcta.
B - Segundo a macroeconomia:
1. O empregador criou 1 posto de trabalho, o que contribui para a baixa da taxa de desemprego, faz crescer a receita do Estado por via do IRS e da Taxa Social Única e diminui o potencial da despesa social do Estado.
C - Ora desde que IRS+TSU+X>Quebra de IRC, em que X=benefício social e económico resultante da criação de 1 posto de trabalho, então,
a decisão do empregador está correcta, independentemente das suas motivações.
D - Segundo a moral dos invejosos e das virgens impolutas:
1. Não há direito, isto é chular o Estado e a Sociedade.
2. Há por aí muito mais gente, coitadinha, que precisava mais do emprego do que ela.
E - Concluindo: Assim não vamos a lado nenhum, digo eu piamente!

18 maio 2005

16 maio 2005

O Milagre da Transformação


Porque será que esta avó (Ornella Muti) tem os peitos que tem? A resposta já de seguida!
OLHA A DIFERENÇA Posted by Hello

Marmelos caídos? No Problem!

Revolucionário, sem recurso a cirurgia e a silicones.
Um método revolucionário que vai trazer-lhe a auto-estima de volta.
Diga adeus aos marmelos caídos e inestéticos.
Ponha o seu patrão completamente tolo!

É candidata autárquica? Ponha o povão completamente maluco a votar em si!
Acha que já não tem poitrine para fazer um strip para os seus colegas de trabalho?
Não perca mais tempo! Veja o vídeo de apresentação!
http://www.bringitup.com/BreastLift.mpg

05 maio 2005

O Caos das auto-estradas - Petição

Em virtude de no nosso país existir uma cultura de aceitar sempre
aquilo que está errado, foi criada uma petição, que irá ser enviada à
Assembleia da República, que visa pressionar as concessionárias das
auto-estradas a suspender ou a reduzir de forma significativa o custo
das portagens quando os lanços se encontram em obras, como é o caso actual da A5 e da A1.
O que se pretende é reunir um número significativo de assinaturas, de
forma a dar uma maior base de pressão a esta petição, embora todas as
assinaturas contem da 1ª à última.
Mesmo que esta situação vos seja indiferente ou irrelevante, enviem
esta informação a quem achem ser importante. Não permitam que esta
situação se prolongue.
A petição electrónica encontra-se disponível no seguinteendereço:
http://www.petitiononline.com/portagem/petition.html

01 maio 2005

Diário 9

Insónia,
Vigília,
Tormento.
Asas desnudadas
Pelo pensamento.
Rios de espuma
Batidos pelo vento.
Só tu
E o desalento!

28 abril 2005

25 de Abril sempre!

Ao olhar para trás, não posso deixar de gritar: 25 de Abril sempre!

Quantas recordações do ano da brasa de 74!

A LIBERDADE bateu-nos à porta!


Vale a pena recordar!

23 abril 2005

Diário 8

Inesperadamente
A manhã
Vestiu de azul
Sobre o orvalho
Do teu rosto.
E choveu
O silêncio
Sobre a noite
Gélida d' encontros.

22 abril 2005

Outros tempos, outras artes

Isto hoje já não é o que era. Tudo é mais sofisticado. Os “graffiti’s” pintados a spray estão na moda, mas não são novidade. No meu tempo, já na escola primária a malta abafava uns pauzitos de giz - uns brancos, outros de cor - para fazer algumas pinturas murais, tipo “naïf”, com inocentes declarações de amor.

Qualquer portão, de chapa ferrugenta ou pintado de zarcão que se apanhava a jeito, servia para registar uma primeira jura de amor.

AMO-TE, FÁTIMA. Assim mesmo, dentro de um descomunal coração pintado a rosa, mais dilatado que sei lá o quê, mais parecendo o de um adulto hipertenso do que de um inocente anjinho. A atravessá-lo de forma assassina e proporcional à chama da paixoneta, uma seta, mais flecha do que seta, copiada dos livros do famoso Cisco Kid, herói dos westerns aos quadradinhos. E por baixo, a assinatura do autor: Berto, Tone da Bouça, Quim Russo, Zé Roscas, e sei lá quem mais. O Português era a língua oficial e os nomes portuguesíssimos. O inglês ainda não tinha sido introduzido nos curricula da 3ª classe e não havia as Kátias Vanessas, as Núrias, as Nádias, as Sónias Sandras, a Pitucha, a Kikas, a Náná, and so on. Quem sabia dizer I love you?

Mas voltando ao assunto. Quem nunca teve uma namorada chamada Fátima? A Fatinha da minha escola, filha do Ti Neca do Talho, tinha resmas de apaixonados, a medir pelas inscrições nos portões e nas paredes. Confesso que me derreti por ela. Ela, se calhar, nunca deu por isso. Também não tinha importância nenhuma. Acontecia com todos. E tudo era clandestino, pois se chegasse aos ouvidos da professora, era certo e sabido que apanhávamos um arraial de facho.

A Fatinha do Talho compensava a pouca inclinação para os ditados e os problemas de quatro contas com outros dotes, bem precoces em meninas da sua idade. Dizia-se que saía à mãe e só gostava de putos de olhos “bonitos”. Daí o apetite de numerosos pretendentes pelas cenouras a ver se davam a volta, umas vezes, à pouca arte do criador, outras à falta de água fresca para lavar os olhos remelosos.

Há uns anos vi a Fatinha. Prometeu muito e afinal nada! Estava com o homem à porta do cinema. Pelo cartaz, iam ver um qualquer filme tipo indiano, daqueles que faziam chorar o coração mais empedernido. Pouca sorte a dela. O tipo tinha ares de filho de algum talhante, olhos de coelho com morrinha e usava óculos com lentes que mais pareciam fundos de garrafas de espumante.
Bem feito, Fatinha. Tinhas a mania que eras boa!

21 abril 2005

Diário 7

Entrego-me
Ao tempo que corre
Olhando as gaivotas
Do mar
Feito de ondas
Que me trazem o teu olhar.
Lá longe

Onde o céu se mistura com a água
Cresce o sonho que me faz sonhar!

20 abril 2005

Bento XVI já me consultou

O que dá a fama!!!
Logo que foi empossado Papa, o cardeal Ratzinger não perdeu tempo. Telefonou-me a pedir que lhe "desenhasse" o seu mapa numerológico. Foi o que fiz. E como não lhe cobrei testo, ficava mal, não ficava?, também não me sinto obrigado à confidencialidade.
Para que os fiéis saibam quem é Bento XVI.

19/04/2005 - BENTO XVI - AS INTERPRETAÇÕES DA SUA ANÁLISE NUMEROLÓGICA

A LIÇÃO DE VIDA: 3
O número da sua data de nascimento. O que viemos aprender nesta jornada, assim como as dificuldades a serem superadas.

Aprenda a expressar-se com clareza, pois possui esse dom, quer falando, escrevendo ou representando. Desenvolva a persistência, a firmeza e a tenacidade, procurando seguir as suas intuições. Seja criativo, pois possui boa imaginação e senso de humor, o que muito o ajudará socialmente. Evite dispersar talentos, direccione a sua energia para objectivos firmes e concretos. Desenvolva o senso de responsabilidade. Não seja impaciente nem crítico demais.

A SUA ALMA: 2
Os sentimentos mais profundos, o que nos motiva, as experiências e informações acumuladas para lidarmos com esta encarnação.

Pessoa sensível, emotiva, amável, mas que se magoa com facilidade. Prefere seguir a liderar. Refinada, agradável, amante da paz e procurada como ombro amigo. Deve evitar tendências à auto-anulação, indecisão e insegurança. Não faça promessas que não poderá cumprir. Cultive um propósito.

A SUA APARÊNCIA: 1
O nosso eu exterior ou a impressão que causamos aos outros. Como somos julgados à primeira vista.

Aparenta independência, poder, liderança e coragem. Trata-se de uma pessoa imponente, original, perfeccionista, correcta e criativa, tendendo ao autoritarismo e que gosta de ser notada e apreciada. Pode ganhar peso com a idade.
Dica: Usar cores claras.

O QUEVOCÊ É: 3
Todas as letras que compõem seu nome.

A jovialidade, alegria e popularidade estão muito presentes nos ambientes que frequenta. É uma pessoa dotada de grande talento para se expressar, quer falando, quer escrevendo ou ainda em qualquer área de comunicação, pois possui elevada criatividade. Sabe fazer-se admirar pois está sempre bem informado. De caráter franco e leal, aprecia estar com o "rebanho" e não se aborrece com facilidade. Possui força de vontade e muita determinação. Facilidade para ganhos.
Dica: Não desperdice talentos e supere as eventuais críticas. Tenha sempre um objectivo.

O DESEJO INSTINTIVO: e
A primeira vogal do nome mostra os nossos impulsos emocionais e como reagimos diante de estímulos externos. Descubra como reagem aqueles (as) que ama.

Deseja a liberdade acima de tudo. Age com impulsividade e mantém-se ansioso em quase todas as mudanças que, aliás, é o que mais gosta de fazer. O inesperado agrada-lhe muito. Não suporta rotinas rígidas e adora fazer várias coisas ao mesmo tempo. Nunca está satisfeito com o que tem e está sempre em busca de novidades.
Conselho: Seja versátil, faça surpresas, apareça de repente sem avisar.

O SEU NÚMERO DE PODER: 6
Todas as letras que compõem seu nome, mais a sua data de nascimento. Essa vibração ajuda na aprendizagem da nossa missão ou lição de vida. Aquilo que você acertou com a Divindade antes de nascer. Funciona como um farol dirigindo nossa vida.

Tem o poder da conciliação, bondade e equilíbrio; é excelente mediador podendo ser o grande pilar da harmonia principalmente junto do "rebanho" de Deus.

Ficou entusiasmada?! Quer uma consulta personalizada? Envie-me um e-mail.

O Signo do Papa Bento XVI

Confesso que acredito piamente na Astrologia. É verdade!
Considero-a uma verdadeira ciência. À falta de melhor maezinha para nos guiar os passos e nos mudar as fraldas [há pr'aí muitos "adultos" que continuam a gozar o supremo prazer de usar fraldas], os horóscopos sempre antecipam o futuro e deixam sempre o conselho maternal de como fazer. Ok, mas adiante que o caldo está ao lume e pode torrar.

Fomos então consultar o Oráculo e ler os astros. Qual o signo de Bento XVI [ex-Cardeal Ratzinger]?

Nascido a 19 de Abril de 2005, Bento XVI é do signo Carneiro. Por seu lado, o Cardeal Ratzinger, nascido a 16 de Abril, também é Carneiro. Que mistura explosiva!

Segundo o horóscopo cigano, Bento XVI e Ratzinger são do signo Punhal.
O Punhal é a imagem da luta e vontade de vencer. Pessoa irrequieta, firme e dona de si mesma. Ousada, tem uma personalidade forte e odeia ser subestimada. Quando isso ocorre, torna-se agressiva. Gosta de ter os outros na mão e de ser bajulada. Quando precisa, também sabe bajular para atingir os seus objectivos mais inconfessáveis. Alimenta e alimenta-se do "diz-se que disse". Tanto dá com uma mão, como tira com a outra.


E o que diz a Numerologia de Bento XVI?
Então aqui vai.
O número pessoal de Bento XVI para 2005 é o 3.
Comunicação, criatividade e magnetismo.
Ano favorável para contactos com pessoas influentes. A sorte bater-lhe-á à porta.

Isto é só um cheirinho sobre o Papa que vamos ter daqui para a frente.

19 abril 2005

Habemus Papam

O cardeal Ratzinger foi eleito Papa. [Para mais informação click sobre a frase pintada de azul].

Fiquei de alguma forma frustrado. Esperava outra coisa.

Adoptou o nome de Bento XVI e as primeiras palavras que proferiu acabam por ser de alguma surpresa: "Queridos irmãos e irmãs, depois do grande Papa João Paulo II, os cardeais elegeram-me - um simples e humilde trabalhador das vinhas do Senhor", disse.

Ora diz-se para aí à boca cheia que o negócio do Vaticano é o petróleo. Pura mentira. Pela boca de Ratzinger, e ele sabe do que fala, ficou agora a saber-se que o negócio é o vinho. Habemus confitentem reum [Temos a confissão do réu]!

Os vinhateiros do Douro e do Alentejo já se preparam para o homenagear. Podia o vinho ter melhor embaixador?

Vivó Papa!

18 abril 2005

RELAX - Uma mina na crise

As sociedades de hoje são sociedades extremamente competitivas que exigem dos seus membros cargas de trabalho que estão, na maioria dos casos, muito para além da resistência normal, física e psíquica, do comum dos mortais.

A agitação permanente, as bichas intermináveis de trânsito, a sinfonia do telemóvel, a letra que foi para protesto, os cheques carecas, os processos de reengenharia, a lei das quarenta horas, os projectos de investimento chumbados, o trabalho de casa (sempre no escritório até altas horas da madrugada), os opíparos jantares com potenciais clientes ou parceiros de negócios chorudos, uma cara-metade que ultrapassou o prazo de validade, são tudo factores que deixam executivos e empresários à beira de um ataque de nervos permanente. A vida desta gente é um verdadeiro inferno.

Tenho para mim que este grupo sócio-profissional é um grupo de alto risco e terreno fértil para a proliferação das designadas doenças modernas - stress, ataques cardíacos, impotências funcionais de vária ordem, distúrbios psíquicos, etc., etc..

Ora, numa sociedade em que a paranóia da qualidade de vida, abrangendo todas as áreas da vida de relação de um ser humano, está definitivamente instalada, fácil é concluir que aquele grupo constitui um verdadeiro nicho de mercado para negócios de elevado potencial de rendimento. E a verdade é que estas oportunidades vieram determinar iniciativas empresariais do mais variado tipo e em crescente desenvolvimento. É um mercado altamente rentável e em que a máxima é: qualidade de serviço e satisfação total do cliente.

Numa fase ainda incipiente de todo este processo, o normal era o recurso a fármacos da família dos ansiolíticos e dos anti-depressivos, o recurso a psicólogos, psiquiatras e psicanalistas e, mais tarde, a ida ao ginásio e à piscina, uma partida de ténis ao fim-de-semana ou um torneio de golfe. Mais recentemente, parece que se chegou à conclusão que todos aqueles meios, embora pudessem ter algum efeito benéfico, ficavam muito aquém da terapia adequada.

Eis que surge então um novo tipo de oferta, designado pelo mercado do “Relax”.

Basta abrir um qualquer jornal diário de grande tiragem nacional, ou até mesmo regional, folheá-lo de fio a pavio, e ao desaguar na página de anúncios classificados, encontramos a curiosa secção de “RELAX”.

Anúncios curtos, mensagem eficaz, descrição rigorosa do serviço, bem dirigidos, cumprindo com a fórmula mágica da publicidade : Atenção, Interesse, Desejo e Acção, o essencial da comunicação com potenciais clientes.

Passemos então à análise do perfil da oferta, nos oitenta e quatro anúncios publicados num dos tais jornais e que, por razões óbvias, omito o respectivo título.

Serviço: Massagens

1. Género predominante no exercício da profissão: Feminino. (Só registamos 2 elementos masculinos).

2. Escalão etário das Massagistas: 18 -24 anos, 95%; Superior a 24 anos, 5%.

3. Atributos das Massagistas: Meigas e muito gostosas: 65%; Mulheres de Sonho: 17%; Sedutoras: 8%; Bonecas: 7%; Gatas ou gatinhas: 3%.

4. Características físicas das Massagistas: 1,70m ou mais: 80 %; Pt. 42: 67%; Olhos verdes: 42%; Olhos azuis: 37%; Morenas: 54 %; Louras: 32%; Tropicais/Brasileiras/Mulatinhas: 53%.

5. Local da Prestação dos serviços: Ápartamento Próprio: 95%; Domicílios e Hotéis: 5%;

6. Horário: Serviço 24H: 87%; 10/24H: 8%; Só noites: 5%.

7. Forma de pagamento: Cartão de crédito, cheque ou “cash”. Não há fiados.

8. Público-alvo: Solitários/Executivos de 1ª linha/Homens de negócios/Casos perdidos para a psicologia, psiquiatria e psicanálise. Essencial: Ter gravetame que se veja.

9. Meio de contacto: Telemóvel: 100%.

10. Outras referências: 10% deslocam-se a qualquer ponto do país. A esmagadora maioria trabalha os mercados de proximidade ou locais.

11. Bónus: 37% das ofertas referem o recurso a meios auxiliares de terapia – massagens relaxantes, vídeos, cintas, and so on; 70% dão 2ª oportunidade e há mesmo quem ofereça 3ª. Ou seja, não pegou à primeira, pega à 2ª ou à 3ª. Ou então, sangria completa do óleo até o depósito ficar limpo.

Finalmente, falemos da importância económica do sector do Relax.
Para que se possa ter uma ideia da importância económica deste sector, consultei um “expert” neste tipo de mercado que me adiantou que o volume de negócios/dia, realizado pelo universo dos 84 anúncios analisados, situar-se-á nos 100.000 Euros, sem que daí resulte qualquer receita fiscal. Este é o busílis da questão – evasão fiscal.
Mas por outro lado, o volume de emprego assegurado, para aquele nível de volume de negócio, andará na casa dos 100 postos de trabalho.
E para quem chegou até aqui e não dê por mal empregue o tempo que perdeu a ler esta treta, registe que este é um dos exemplos a que os economistas e políticos chamam de economia informal. Para explicar uma coisa tão simples, porque não falar de coisas que o povo entende e gosta? Percebeu-se agora todo o meu esforço, não se percebeu?
Obrigado!

15 abril 2005

"Directas" para Papa no próximo Concílio

Influenciados pela vaga das "directas" que varre os dois maiores partidos portugueses, os Cardeais do Colégio Cardinalíceo ponderam seriamente seguir a experiência portuguesa.
Há vozes que vão exigir ao próximo Papa a convocatória de um Concílio para que o processo seja contemplado. Assim, os católicos de todo o mundo serão chamados a eleger o chefe máximo da sua Igreja através de voto secreto e universal.
Este é o próximo passo da Renovação e da Revolução.
Pela 1ª vez na História da Humanidade, o Mundo irá partilhar a experiência do voto transnacional.
Desde a recôndita Patagónia à mais cosmopolita aldeia transmontana, o princípio de cada cabeça um voto vai ser uma realidade.
A Compta, empresa que trabalhou para o Ministério da Educação na colocação dos professores, vai apresentar ao Vaticano uma proposta para resolver o problema da votação através do voto electrónico.
Segundo um responsável da empresa, "esta é uma janela de oportunidade para a sua internacionalização, depois do bom trabalho realizado para o Ministério da Educação.".
Ao que se sabe, a Compta tem já preparado um dossiê de apresentação, com uma carta de recomendação do ex-Ministro da Educação, David Justino.
Círculos próximos do Vaticano admitem que a candidatura da Compta será muito forte e fará a Microsoft pensar duas vezes.
Bill Gates já nem dorme!

14 abril 2005

Diário 6

Faz-se noite.
Esconde-se a lua
E solta-se o luar
Do teu olhar!

Se descodificares, dou-te um doce!

Pois é amigas e amigos! Nem sempre é fácil descodificar discursos correntes, mesmo em português escorreito.

O Bino Talhante anda por aí a vender azeite às canadas, não porque vende cuia e compra cabaça, mas porque vendeu a manta. Diz-se à boca cheia que o Tone Barbicha, que é de Braga e chama-se Lourenço, tirou o cabaço à dita cuja e o Bino, que sai ao pau da racha, ficou mamado. Como diz o povo, quem está no ripanço arrisca-se a cotovio.
Moral da história: Quem se mete com cóias, está quilhado!

Não percebes? Queres legendas ou preferes dobrado?
Teletexto, pág. 535.

Isto é um País de "empreitas"


A "linguagem do betão" chegou a todo o canto e esquina. Na política, então, é mato.
Veja-se como é empregue a esmo a palavrinha "pilar"!
"Pilar" é, nem mais nem menos, uma "coluna que sustenta uma construção".
Mas não há discurso político digno de nota que não seja polvilhado, e bem polvilhado, com "pilares".
Veja-se: "Os três pilares da democracia...", "as nossas políticas sociais assentam em três pilares ...", "os três pilares que sustentarão as nossas reformas estruturais...", etc., etc..
É a típica linguagem dos "empreitas" invadindo a política. E é chic, pois claro.
Depois não se admirem de haver por aí muitas cabecinhas cheias de areão!

A juntar a este original discurso, outra das curiosidades que tenho notado é o número de pilares que é referido! Geralmente são sempre três. Porquê, essa fixação nos três? Será que os três assumem assim uma importância tão decisiva? Sem os três as coisas não funcionam? Alguém sabe explicar? E mais não digo, senão ainda me acusam de linguarudo.

12 abril 2005

As despedidas à Santana

Santana sem nada para dizer ao Congresso Laranja, enrolou quanto pôde, para, no primeiro discurso, anunciar solenemente: "Vou andar por aí.". E se Deus quiser até vai. A menos que faça como o Portas.

Não satisfeito e porque terá percebido que os laranjas não o perceberam, volta à carga numa segunda intervenção.
Blá, blá, trréu-péu-péu...pardais ao ninho e lá vai dizendo que nunca se despede dos filhos, que nunca os leva à estação do combóio ou ao aeroporto, etc. e tal, para concluir afinal que não gosta de despedidas.

E termina desta forma eloquente: «Detesto despedidas e, por isso, nunca me despeço. Até amanhã, se Deus quiser.»
Até amanhã, Santana. A malta nunca se despede. É despedida.

11 abril 2005

De Eugénio de Andrade...


ADEUS

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já se não passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.

O Fumo Branco de Pombal

Tal como previ aqui, o Luís saíu "Papa" em Pombal. A tribo dos "cardeais" fez-lhe o jeito, mas deixou um aviso com prazo de validade.
Agora o Sócrates que se cuide. Vai ter oposição de tacão alto. Sempre acrescenta alguma coisa aos 150 cm.
Expectativas? Vamos ver, como diz o cego.

09 abril 2005

A Fama do Senhor dos Anzóis

É uma autêntica loucura no Extremo Oriente! Os clubes de fãs multiplicam-se como cogumelos. Chinocas, Japonocas, Tailandocas, Filipocas...dão em doidas. Pudera!

A Federação Internacional de Fãs de Olhos em Bico mandou-me uma mensagem muito ternurenta e que me turbilhou emocionalmente. É pena não poder reproduzi-la aqui.

A beleza de sentimentos explicitamente declarada não tem paralelo na cultura ocidental. Só a sensibilidade oriental é capaz de tamanha elevação estética e poética.
Confesso que não tenho palavras para retribuir [vinha a ler as Páginas Amarelas no autocarro e deixei-as lá].
Resta-me dizer OBRIGADO!

O Futuro de Santana Lopes

Não foi preciso consultar qualquer oráculo ou as estrelas.

"Não vou ficar aqui. Vou andar por aí.", Santana dixit.

Cá te esperamos nas Docas, na Kapital, no Barco do Amor..., camarada! Já agora, não arranjas alguns colinhos de Famalicão para umas farras? Também podem ser bacanais! A malta agradece.

| CUIDA DA TUA VISÃO |