17 julho 2007

A vida é o que é

"Sinto-me um ginecologista: trabalho onde espero que muitos se divirtam.", disse José Miguel Júdice numa entrevista ao JN de ontem.
[O meu amigo Bino lamenta-se ter tido vocação para médico e não ter chegado lá. Ele que nem trabalha e, pior ainda, não se diverte. A D. Mimi, a minha vizinha do 3º Dto, lamenta que o ginecologista dela tenha a escola do Júdice. O mesmo não diz a Ulma, a empregada nórdica da D. Mimi, que acha que o dela até se esquece que é ginecologista.]

12 julho 2007

O "turista"



O MaquiAbel & JB apanhou o ministro Mário Lino, nos seus poucos momentos de lazer, numa visita solitária à margem sul.
Será que lhe pesa a consciência, ou será um "convertido"?
[A D. Mimi, a minha vizinha do 3º Dto, avisou-me para ter cuidado com algum "bufo" zeloso e fez tudo para impedir a publicação deste post. Eu não podia ter arranjado um anjinho-da-guarda melhor.]

08 julho 2007

Bom dia!

Tá bem! Eu sei que se ouve tudo no andar de baixo e é escusado pôr a vizinhança a cochichar!

05 julho 2007

A animação continua

Chegou a época da animação e a D. Mimi, a minha vizinha do 3º Dto, cumpre o programa à risca. Realizou-se entre as "meninas" cá do prédio o concurso dos "Mais vistosos implantes de silicone". O resultado está à vista. A piscina do condomínio estava à pinha e não faltaram os mirones a babar-se.
[A D. Mimi achou que só devíamos atribuir menções honrosas porque os "exemplares" a concurso eram um pouco fatelas. Mas o júri, no qual me incluí, achou por bem atribuir o 1º lugar "ex-aequo". Para que pró ano haja mais.]
O meu amigo Bino bem se espumou e diz que, se as "prateleiras" servem só para garrafas, é um desperdício. Pois é Bino.

01 julho 2007

A poética da culinária

Aqui no prédio voltamos aos fins-de-semana culturais. Eu já lhes sentia a falta.
A D. Mimi, a minha vizinha do 3º Dto e administradora do condomínio, preparou-nos um programa de sonho. Um recital de Receitas de Culinária neo-realistas. As "diseurs", escolhidas a dedo, foram algumas das nossas vizinhas que, tal como algumas receitas, deixaram-me com "água na boca".
A Bia, a nossa vizinha mais recente, levou a assistência ao rubro com a sua "Saltimboca à antiga". Simplesmente magistral! Dita num tom intimista e sensual.


Espalma-me o bife

Tempera-o com sal e pimenta!

Dispõe as fatias

De presunto e as folhas de salva

Sobre ele unindo-as com palitos.

Polvilha-as com farinha

E leva-as a fritar

Em manteiga.

Junta ao molho da fritura

O vinho do Porto

E a base de molhos para assados

Dissolvida em leite.

Junta-lhe o bife

E deixa-me a ferver

Um minuto que seja!
Serve-te do bife

Regado

Com o molho

Da minha paixão!

[Obrigado D. Mimi pela iniciativa. Obrigado Bia pelo prato. E na próxima, nem que sejam "Tripas à moda do Porto".]

30 junho 2007

O aeroporto da concórdia


Vamos lá ver, de aeroportos ainda percebo umas coisas. Salas de embarque e "free shops", mas não só.
Quanto à polémica que por aí vai, eu estou de lado. Não concordo com nenhuma das opções, que são todas uma m****. Eu sou mais democrata. Um aeroporto para todos os portugas! E mai' nada!
Daí que me tenha posto “nas minhas tamanquinhas” e de projecto enroladinho debaixo do braço fosse apresentar a minha ideia a Belém. No fundo, uma reacção natural ao "gesto patriótico" do empresário Van Zeller, o patrão da Confederação da Indústria Portuguesa.
Pois bem e em poucas linhas aqui fica o relato da reunião com o Senhor Presidente. Para quem tem a ideia peregrina da figura esfíngica, fria e distante do Chefe de Estado aqui fica o meu testemunho. Uma pessoa bem disposta, espírito aberto e até com algum sentido de humor.
- Diga-me lá, quer que o trate por doutor, engenheiro, arquitecto, professor…?
- Se o Senhor Presidente não se importa prefiro que me trate por Belmiro, Amorim, Espírito Santo, Melo, ou outro qualquer, menos qualquer um dos que financiou o estudo do Van Zeller.
O Presidente sorriu e partimos para a apresentação da ideia. Desfiz o rolinho em cima da mesa de trabalho que serve também para as reuniões com o Primeiro-Ministro e, palavra!, o Presidente ficou boquiaberto. Digamos que também não era para menos. O mapa de Portugal e um aeroporto que rasga o país de lés-a-lés. Desde a raia de Chaves a Albufeira. Passada a surpresa inicial e já refeito, o Presidente faz a pergunta sacramental nestas situações.
- O Sr. Belmiro acha que isso é possível?
- Senhor Presidente, este é o único projecto que reconciliará os portugueses e não terá nenhum dos problemas que todos os outros apresentam, nomeadamente de esgotamento temporal da operacionalidade.
Claro que já estava à espera da pergunta que revela a inteligência de um Presidente e ela não se fez esperar.
- Sr. Amorim, estou entusiasmado, mas há um pequeno senão. Sendo Portugal atravessado pelo conjunto montanhoso Montejunto-Estrela, como se resolve o problema do aeroporto nessa região?
- Nada que não tenha sido pensado, Senhor Presidente. Será construído um túnel que preservará a riqueza ecológica de Montejunto e a estância de Inverno da Torre.
O Presidente coçou o queixo, mas rapidamente deu o seu assentimento com a cabeça. Mas ainda a procissão ia no adro. É que além de político, o Presidente é um distinto economista e a questão do montante do investimento e do consequente financiamento era decisiva.
- Sr. Espírito Santo, quanto é que isso vai custar, sem derrapagens, e como se financia?
Respondi que a engenharia financeira do projecto era simples e que o montante do investimento não era sequer relevante, assegurado que estava o financiamento. Concordou e pediu pormenores.
- Sr. Melo, diga-me lá quais são as fontes de financiamento previstas e eventualmente já negociadas.
- Pois bem, se Vossa Excelência me permite estão pensados 4 mil e tal Cortejos de Oferendas em todas as freguesias do país, peditórios dominicais nos respectivos adros das igrejas, rifas semanais e 1000 concertos do Tony Carreira. O que falta vem do que não se gasta na Ota e o resto são fundos comunitários.
O Presidente ficou siderado com esta engenharia financeira do projecto.
- Sr. Belmiro, perdão, Sr. Amorim, avance homem. Fale com o Ministro Mário Lino e diga que vai da minha parte”.

23 junho 2007

Será stress?

Pois já não me lembro bem. Não sei se comprei o quadro e arranjei um cavalete a condizer com o valor artístico da pintura, ou se arranjei o cavalete e o "decorei" com aquela obra-prima só para disfarçar. Seja como for, esta minha mania de ser um Joe Berardo teso, anda-me a baralhar as ideias.
[A D. Mimi, a minha vizinha do 3º Dto, diz que ando a misturar muitas coisas ao mesmo tempo e que isso é mau sinal. Será!
O meu amigo Bino, sempre pronto a dar uma mãozinha, diz que de pintura não percebe patavina, mas sempre pode montar o cavalete. Ó Bino, tu pra mim já vens de carrinho.]

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